domingo, 22 de abril de 2012

Em busca do equilíbrio


A vida já estivera melhor. Mas isso não significava que as coisas andavam tão ruins assim. E quem disse que tudo deve estar sempre às mil maravilhas? Nos últimos meses, Ana estava descobrindo a importância de enxergar as coisas de um jeito mais realista, e até mesmo cético. Isso porque ela já não enxergava o seu mundo como um conto de fadas, onde no final das contas o que ela sentia fazia tudo ter sentindo. Não, o que ela sentia não era capaz de mudar os fatos, as coisas eram como eram, simples assim. E porque gastar seus mais belos sentimentos para enaltecer aquilo que não existia? Por isso, Ana decidiu calar aqueles pensamentos que só lhe faziam lembrar que não vivia a vida que queria. Decidiu viver a vida que lhe foi oferecida, e apesar de não ser seu conto de fadas, tudo aquilo fazia parte de seu amadurecimento....

*Talita Cruz

domingo, 1 de abril de 2012

Louca


Sua cabeça rodava.
Não estava drogada, nem bêbada, muito menos doente. Estava simplesmente deitada no sofá. Seus pensamentos iam desde os livros do armário que precisava reler, até onde estaria na próxima terça feira a noite.
O mundo lhe havia chamado várias vezes naqueles últimos dias. Pessoas presentes, pessoas que deixou no passado e uma pessoa que ainda não sabia o que fazer, todos estiveram ao seu redor naqueles dias. Sentia que agia errado com todos.
As possibilidades e situações rodavam em sua volta, assim como os prótons e nêutrons rodam em torno de um átomo. Mas ela não sabia pegar essas partículas de sua vida e coloca-las cada uma em seu lugar. Não, ela ficava deitada no sofá, enquanto tudo rodava enlouquecidamente em sua volta.
Em alguns momentos, algumas pessoas conseguiam enxergar essas “coisas” que ficavam em sua volta, e lhe auxiliavam a coloca-las no lugar. Mas pessoas assim nunca ficam por muito tempo, e quando elas iam.... tudo começava outra vez.
*Talita Cruz

 
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