Ana se pegava sorrindo, com o olhar distante e com a imaginação a mil.
Não que isso fosse difícil de acontecer nos últimos tempos, mas agora tinha um motivo em especial. Ela adorava saber que ainda existia a possibilidade de se encantar com alguém e quando isso acontecia, se permitia o prazer de ficar minutos e minutos pensando, estudando e confabulando consigo mesma sobre essa pessoa.
Ás vezes esse processo durava um dia, uma semana, meses..anos. Dependia, claro, da pessoa estudada e de como era o seu relacionamento com o "objeto de estudo".
Apesar de ser um dos rituais solitários favoritos de Ana Cristina, esse era também um problema. Pois imaginar era prazeroso demais para ser estragado com a realidade cinza que poderia acontecer, caso ela quisesse ultrapassar os limites da imaginação.
Tinha medo, mas pensava em tentar.
*Talita Cruz
*Talita Cruz
2 comentários:
Amei esse texto, parecido c o q eu escrevo as vezes!adorei beijos
Adorei e aposto que a Ana é muito parecida com a Talita Cruz, senão idêntica ;)
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