domingo, 28 de fevereiro de 2010

Ruídos





















Levanto da cama de manhã com o grito de “ACORDA”. O primeiro de muitos ruídos, que eu ouvirei ao longo do dia.
Os ouvidos são castigados diariamente. No começo do dia, a conversa alta das amigas dentro do metrô, o MP4 do rapaz tocando a última obra prima musical brasileira (Rebolation) no último volume, os gritos de quem está sendo amassado dentro do vagão, são os ruídos matutinos. E quem está dentro do próprio carro, no trânsito? Buzinas infernais e palavrões fazem parte do repertório matinal desses guerreiros. Durante o dia, os ruídos continuam com sua função de atormentar. Uma enchenção de saco do chefe aqui, um cliente estressado ali e no almoço, a tentativa de fuga: mas aquele colega mala resolve aproveitar a companhia e almoçar com você. Mais uma hora.
É preciso citar que para alguns, o fim do dia no trabalho não significa a volta para casa. Existem aqueles seres, chamados “estudantes” que se arriscam e se propõe a mais um pouco de tortura em seus aparelhos auditivos. É a sala de aula, barulho concentrado entre 4 paredes que formam um espaço minúsculo de poluição sonora causada pelos alunos mais "animados". E no fim do dia, a volta para casa. Os ruídos matutinos retornam, dessa vez com o nome de ruídos noturnos, e com o acréscimo de todo o estresse do dia.
Em casa de novo, é o momento de relaxar, ligar a TV e assistir a algum programa, distrair a cabeça com alguma bobagem. Até que alguém grita “VAI DORMIR”. Eis o ruído finalizador, a não ser que se tenha algum pesadelo...

* Talita Cruz

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A vida e as suas tarefas

Na vida nós passamos por vários momentos em que precisamos mudar: mudar de casa, mudar de emprego, mudar de cargo, mudar de roupa, mudar o corte de cabelo, enfim, são muitas as mudanças com as quais nós temos que nos habituar. Porém existem algumas que trazem consigo uma grande carga de responsabilidade e com ela vem o intenso medo de errar.
Quando alguém nos escolhe para exercer uma função importante é porque ela acredita e confia imensamente no nosso potencial. Entretanto, se essa for a primeira experiência com a qual vivemos será difícil nós acreditarmos no nosso potencial.
Aliás, se tem uma coisa difícil é acreditar plenamente no próprio potencial. Você pode acertar, acertar, acertar um milhão de vezes seguidas, mas sempre haverá a chance de você errar mesmo que ela seja de 00,01%. Para os perfeccionistas esse 00,01% é preocupante. O que posso fazer para atingir a expectativa de quem acreditou em mim e nunca deixar esse 00,01% cessar?
Nessa hora prevalece o famoso ditado popular “A prática leva a perfeição”. Quanto mais você tentar e se entregar de corpo e alma para fazer plenamente aquilo que lhe foi designado, mais você perceberá e efetivamente, será o melhor naquilo que você fizer.
Mas se por um acaso, após essa sequência de acertos extraordinários, você pensar “Agora eu consegui suprir a responsabilidade que essa atividade pede” saiba que você estará errado. Um bom profissional nunca fica satisfeito, procura sempre o melhor, procura sempre melhorar. E nunca, nunca se acomodará com um elogio. Muito pelo contrário: o elogio será apenas mais um motivo para você sentir e fazer valer a responsabilidade do cargo que você ocupa.

* Juliana Tavares

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Dar um Tempo


"Dar um tempo". Essa frase é temida por muitos, e geralmente é ouvida em um momento não muito feliz na vida de alguém, mas a mesma frase pode ser utilizada em uma outra situação.
Cada vez mais somos cobrados em nossas vidas. Cobrados pela família, no trabalho, na escola, pelos amigos e por alguém que talvez seja o mais implacável dos cobradores: nós mesmos. Estipulamos caminhos (ou nos estipulam) e procuramos seguir aquilo que foi planejado, seja subir de cargo no trabalho, concluir um curso, arrumar um namorado (a) ou simplesmente tomar alguma atitude que, no momento, parece necessária.
Aquilo se torna o objetivo e se não é alcançado, lá vem o determinado “cobrador” questionar. É compreensível que alguém “de fora” cobre o que não aconteceu, e muitas vezes a cobrança tem como objetivo ajudar (mesmo que não ajude em nada). Mas do que adianta nós mesmos nos cobramos, às vezes com tanta crítica e dureza? Temos metas sim, sendo que algumas necessitam de muito esforço para serem alcançadas, mas já existem tantas pessoas em nossa volta, nos cobrando de "N" coisas todos os dias, que ao invés de nos juntarmos a esse clube de “carrascos” contra nós mesmos, poderíamos simplesmente parar e aceitar o fato. Não quer dizer que devemos ser um bando de estagnados que tampam os ouvidos para tudo e todos, e sim que devemos “dar um tempo” a nós mesmos às vezes.
Talvez nesse tempo, o que se espera ocorra de maneira muito mais simples, ou simplesmente não ocorra. E aí quem sabe, sem cobranças, não teria sido a melhor solução? Nem sempre dar um tempo é tão ruim...

*Talita Cruz

 
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