Ela tinha o costume de ficar fantasiando situações com as quais gostaria de lidar. Sua imaginação fértil a fazia mergulhar profundamente em um labirinto ilusório que só ela sabia navegar. Para isso acontecer havia um motivo e ele tinha nome, sobrenome, endereço e tudo mais que o tornasse identificável e o pior: real.
Eis que um dia o faz-de-conta e o real tornaram-se uma coisa só. O grande e esperado momento finalmente tinha chegado. Emoções divergentes brigavam entre si para saber qual seria a predominante. E então, no fim da linha, ela teve a resposta daquilo que guardava no fundo da sua alma e pôde perceber que o amor que sentia era grande demais para tornar-se real.
Sabendo disso, ela voltou para o seu mundinho de faz-de-conta, respirou fundo e mergulhou feliz na sua doce e apaixonada ilusão.
*Juliana Tavares
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